sábado, 31 de dezembro de 2011

A INFÂNCIA ETERNA DO CRENTE Pr. Juan Carlos Ortiz, pastor pentecostal na Argentina



A meu ver, a Igreja de hoje se defronta com três problemas básicos. O primeiro é o da infância eterna do crente. O segundo é o do crente fora de lugar. E o terceiro é a falta de unidade. Isso se tornou evidente para mim Quando revi minha própria situação na nossa Igreja. Embora estivéssemos acrescentando mais e mais nomes à nossa lista de membros, continuavam todos criancinhas, bebês a quem se tinha que ensinar as mesmas coisas anos após anos.
Nosso infantilismo é evidente nas nossas orações: “cure-me, ajude-me, batize-me, prospere-me, me, me, me”.
A centralização no “me”, no “eu” é infantil.

As crianças estão sempre pedindo: “me dá, mamãe! Me dá, papai! Me dá um real. Me dá um sorvete. Me dá isso. Me dá aquilo.”
Só a pessoa madura sabe partilhar, sabe doar, sabe dar. Quando eu era criança, vivia pe-dindo. Agora sei dar. Por que? Porque amadureci. Cresci, por isso devo dar, partilhar, doar.
As crianças estão sempre procurando presentes. Não querem frutos de uma vida nova, mas presentes. Se um pregador vem à nossa Igreja, muita gente que não costuma freqüentar o culto regular acorre para vê-lo. As crianças todas correm para assistir aos dons espetaculares e ver pessoas famosas, da mesma forma como é próprio da criança gostar de assistir a espetáculos de mágica. Crianças gostam de show, de espetáculo. Mas só as pessoas maduras vão atrás dos frutos do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, etc...
O materialismo também é um sintoma de infantilidade. As crianças não sabem o valor das coisas. Facilmente uma criancinha com uma nota de cinqüenta reais na mão a trocará por uma barra de chocolate. Os membros da Igreja demonstram sua infantilidade pelo seu desejo de coisas materiais (boas casas, bons carros, dinheiro, poder, sucesso, etc...) deixando as coisas espirituais em segundo plano.
A falta de operários é uma outra evidência de nosso eterno infantilismo. Não entendo como pode ser, mas há pessoas que passam dez, vinte anos na Igreja e ainda não sabem como levar uma pessoa a Cristo. A única coisa que sabem é convidá-la para uma reunião. Dizem: Por que você não vem à nossa Igreja?” Temos bancos confortáveis, tapete novo, aquecedor no inverno e ar condicionado no verão. Temos um bom pregador também. Não quer vir?”
Vinte anos para aprender a convidar uma pessoa para uma reunião! Depois cabe ao pastor levar essas almas a Cristo, alimentá-las com o leite da Palavra, e batizá-las. Paulo pouco batizou em Corinto. Disse ele: “Acho que nunca batizei nenhum de vocês. Ah! sim, acho que batizei Crispo e Gaio” (1Co 1:14).
Leia Atos dos Apóstolos e verá que Crispo foi o primeiro que Deus salvou em Corinto e Gaio foi o segundo. Parece que Paulo batizou os dois primeiros cristãos de Corinto e eles evangelizaram, discipularam e batizaram os outros. Por que? Porque Paulo estava fazendo discípulos. Ele não estava engordando a Igreja, ele estava deixando que ela se multiplicasse.
Mas nas nossas Igrejas os pastores estão sempre fazendo as mesmas coisas porque as pessoas não crescem. Nós pastores estamos sempre pregando o ABC do Evangelho. Todo Domingo as pessoas vêm ao altar. Nós as colocamos nas classes para os principiantes, damo-lhes aulas sobre a Igreja, batizamo-las (e depois começamos um outro grupo). Mas enquanto começamos um outro grupo, essas primeiras pessoas ficam perdidas porque não as conduzimos até à maturidade. Somos como parteiros que trazem as crianças ao mundo. Mas muitas dessas crianças “morrem” (deixam de seguir a Jesus) porque não as acompanha-mos até à maturidade. Geralmente perdemos num ano tantas pessoas quanto ganhamos. Quase todas Igrejas estão conquistando pessoas, mas poucas das conquistadas permanecem na Igreja. Não as podemos educar na Igreja porque só temos eternas crianças. Crianças membros da Igreja, mas que não crescem, que não se tornam discípulos, que não fazem outros discípulos capazes de ser e fazer mais e mais discípulos por sua vez.
(...) Deus me disse claramente: “Aumentar rol de membros não é crescer. Vocês tinham 200 membros infantis e sem amor, depois 300, 500 e agora 600. Todas sem amor. Isso não é crescimento, mas adição. O que você tem, Juan, não é uma Igreja; é um orfanato. Ninguém lá tem pai; são todos órfãos e você é o diretor do Orfanato. E a cada dia chegam novas crianças. Aos domingos você enche uma garrafa de leite e diz: agora abram a boca. E você pensa que está alimentando o seu povo. (...)Os pastores devem levar as ovelhas à maturidade: ao discipulado e ao ministério”.
Do leite à carne, eis a resposta!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

João Calvino e as Novas Revelações

APELO DOS FANÁTICOS AO ESPÍRITO EM PREJUÍZO DA ESCRITURA

Além disso, aqueles que repudiam as Escrituras, imaginando que podem ter outro caminho que o leve a Deus, devem ser considerado não tanto como dominados pelo erro, mas como tomados por violenta forma de loucura. Recentemente, apareceram certos tipos de mau caráter que atribuindo a si mesmos, com grande presunção, o magistério do Espírito, faziam pouco caso de toda leitura da Bíblia, e riam-se da simplicidade dos que ainda seguem o que esses, de mau caráter, chamam de letra morta e que mata.
Eu gostaria de saber deles, porém, que Espírito é esse por cuja inspiração eles são levados a alturas sublimadas, a ponto de terem a ousadia de desprezar, como infantil e rasteiro, o ensino da Escritura. Se eles responderem que é o Espírito de Cristo quem os inspira, consideramos absurdamente ridículo esse tipo de certeza uma vez que eles, se concordam, como penso que o fazem, que os Apóstolos de Cristo e todos os fiéis, na Igreja Primitiva, foram iluminados por esse mesmo Espírito. O fato é que nenhum dos Apóstolos ou fiéis aprenderam desse Espírito a desprezar a Palavra de Deus. Ao contrário, cada um deles foi antes tomado de profunda reverência (para com a Escritura), como seus escritos o comprovam muito luminosamente. Na verdade, assim foi predito pela boca do Isaías, pois o Profeta não cerca o povo antigo com um ensino meramente externo, como se fosse para o povo como as primeiras letras, mas diz: "O meu Espírito que está sobre ti, e as minhas palavras que pus na tua boca, não se desviarão da tua boca nem da boca tua descendência..." (Is 59.21), considerando antes que a nova Igreja terá, sob o reino de Cristo, a verdadeira e plena felicidade, que consiste em ser regida pela voz de Deus, não menos que pelo seu Espírito. Concluímos daqui que esses fanáticos cometem abominável sacrilégio quando separam estes dois elementos que o Profeta uniu por meio de um vínculo inviolável.
A isto, acrescente-se que Paulo, não obstante ter sido arrebatado até o terceiro céu (II Co 12.2) - não deixou, entretanto, de aproveitar o ensino da Lei e dos Profetas, exortando também a Timóteo - mestre de projeção singular - a que se dedicasse à sua leitura (1 Tm 4.13). É também digno de ser lembrado aqui o que Paulo diz da Escritura: "Que ela é útil para ensinar, admoestar, redargüir, para que os servos de Deus se tornem perfeitos" (II Tm 3.16). Não será, portanto, diabólica loucura imaginar como transitório ou temporário o valor da Escritura, destinada a conduzir os filhos de Deus até a perfeição final?
Quero que esses fanáticos me respondam também o seguinte: Terão eles bebido de outro Espírito e não daquele que o Senhor prometeu aos seus discípulos? Ainda que estejam possuídos de loucura tão extrema, não os considero contudo, arrebatados de tão furiosa demência a ponto de terem a ousadia de gabar-se disso. Mas, ao prometer o Espírito, de que natureza declarou ele haver de ser esse Espírito? Na verdade, era um Espírito que não falaria por si mesmo, mas, ao contrario, sugeriria a mente deles e nela instilaria aquilo que ele mesmo, Jesus, havia transmitido por meio da Palavra (Jo 16.13). Portanto, não é função do Espírito que Cristo nos prometeu desvendar novas e indizíveis revelações, ou forjar novos tipos de doutrina, pelos quais sejamos desviados do ensino do Evangelho já recebido. Ao contrario, a função do Espírito é a de selar, na nossa mente, a mesma doutrina que o Evangelho nos recomenda.

A BÍBLIA É O ÁRBITRO DO ESPÍRITO

Se ansiamos obter algum uso e fruto da parte do Espírito de Deus, podemos entender facilmente como é imperioso para nós aplicar-nos, com grande diligência, tanto a ler quanto a ouvir a Escritura. É por isso que Pedro até louva (II Pe I.19) o zelo dos que estão atentos ao ensino profético, ensino que, todavia, depois de começar a brilhar a luz do Evangelho poderia parecer ter perdido a validade. Muito ao contrário, se algum espírito, desprezando a sabedoria da Palavra de Deus, nos impõe outra doutrina, devemos suspeitar com justa razão, de que seu ensino é vaidade e mentira (Gl. 1:6-9).
Sim, porque se Satanás se transforma em anjo de luz (II Co 11.14), que autoridade poderá ter o Espírito entre nós, se não soubermos discerni-lo por meio de sinal de absoluta certeza? E muito claramente a voz do Senhor no-lo tem apontado, mas esses infelizes (embusteiros) tudo fazem por extraviar-se, buscando a própria ruína, quando buscam o Espírito por si mesmos, ao invés de busca-lo por ele próprio.
Alegam eles que é ofensivo ao Espírito de Deus - a quem tudo deve estar sujeito -, ficar subordinado a Escritura. Como se fosse, na verdade, repulsivo ao Espírito Santo ser igual a si mesmo, por toda parte, ou permanecer de acordo consigo mesmo em todas as coisas, e em não variar em coisa alguma! De fato, se fôssemos obrigados a julgar de acordo com a norma humana, angélica ou estranha, então poder-se-ia considerar o Espírito como reduzido à subordinação, e até a servidão, se se preferir. Quando, porém comparamos o Espírito consigo mesmo, e em si mesmo o consideramos, quem poderá dizer que, com isso, o estejamos ofendendo?
Confesso que o Espírito, desse modo, é submetido a um exame através do qual Ele quis fosse estabelecida a sua majestade entre nós. Ele deve ficar plenamente manifestado a nós tão logo entre no nosso coração. No entanto, para que o Espírito de Satanás não nos persuada em nome do Espírito Santo, este quer ser reconhecido por nós na imagem que imprimiu de si mesmo nas Escrituras, pois sendo ele mesmo o autor da Escritura, não pode variar nem ser inconstante consigo mesmo. Portanto, do modo como nelas se manifestou, tem de permanecer para sempre. Isto não pode ser modificado, a menos que julguemos - como dignificante -, o Espírito abdicar e degenerar de si mesmo!

A BÍBLIA E O ESPÍRITO SANTO NÃO SE SEPARAM

Quando a acusação que fazem contra nós, de que nos apegamos demasiadamente à letra que mata, acabam eles incorrendo na pena de desprezarem a Escritura. Ora, salta aos olhos o fato de Paulo (II Co 3.6), estar contendendo com os falsos apóstolos os quais, insistindo na Lei separada de Cristo, estavam, na realidade, alienando o povo da Nova Aliança, na qual o Senhor prometeu que haveria de gravar a sua Lei nas entranhas dos fiéis, e imprimi-la no coração deles (Jr. 31:33), Portanto, a letra está morta e a Lei do Senhor mata a seus leitores, guando não apenas se divorcia da graça de Cristo, mas, também, não tocando o coração, atinge só os ouvidos. Se ela, porém, por meio do Espírito, se imprime de modo eficaz nos corações e manifesta a Cristo, ela é a Palavra da vida (Fl. 2:16), que converte as almas e da sabedoria aos símplices (Sl. 19:7).
 
Além disso, nessa mesma passagem (II Co 3.8), Paulo chama a sua pregação de ministério do Espírito, querendo dizer com isso, sem dúvida, que o Espírito Santo de tal modo se prende à sua verdade expressa na Escritura, nela manifestando e patenteando o seu poder, que nos leva a reconhecer na Palavra a devida reverência e dignidade. E isto não contradiz o que foi dito pouco atrás quando afirmamos que a Palavra não é absolutamente certa para nós, se não for confirmada pelo testemunho do Espírito, visto que o Senhor uniu entre si - como se fosse por mútua ligação -, a certeza de sua Palavra e a certeza do seu Espírito, de maneira que a firme religião da Palavra seja implantada em nossa alma, quando brilha o Espírito, fazendo-nos contemplar a face de Deus. Do mesmo modo, reciprocamente, abraçamos ao Espírito sem nenhum temor ou engano, quando o reconhecemos na sua imagem ou, seja, na Palavra! E, de fato, é assim!
Deus não deu a Palavra aos homens tendo em vista uma apresentação passageira, que fosse abolida assim que viesse o seu Espírito. Ao contrário enviou-nos o mesmo Espírito por meio de cujo poder nos deu a Palavra, com o fim de realizar a sua obra, confirmando eficazmente a mesma Palavra. Por isso, Cristo abriu o entendimento dos dois discípulos de Emaús (Lc 24.27, 45), não para que, pondo de lado as Escrituras, esses discípulos se fizessem sábios a si mesmos, mas para que fossem capazes de entender essas Escrituras. Igualmente Paulo, quando exorta os cristãos de Tessalônica (I Ts 5.19-20) a não extinguirem o Espírito, não os eleva as altura com vãs especulações fora da Palavra, mas acrescenta imediatamente que não se deveriam desprezar a profecias. Com isso, o Apóstolo diz, de maneira não duvidosa, que quando se desprezam as profecias, a luz do Espírito fica obscurecida.
Que dirão a respeito destas coisas esses fanáticos que consideram com validas apenas esta iluminação, desprezando e dizendo adeus a Divina Palavra, sem qualquer preocupação? Não menos confiantes e temerários são eles quando se agarram ambiciosamente a qualquer coisa que conceberam enquanto dormiam! Aos filhos de Deus, certamente, convém sobriedade bem diferente, pois eles, ao mesmo tempo que, sem o Espírito, se sentem privados de toda verdadeira luz, não ignoram, todavia, que a Palavra é o instrumento pelo qual o Senhor concede aos fiéis a iluminação do seu Espírito. Os fiéis não conhecem outro Espírito senão aquele mesmo Espírito que habitou nos Apóstolos e falou através deles, e desses oráculos os fiéis são continuamente convocados a ouvir a Palavra.

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Extraído: As Institutas da Religião Cristã, João Calvino - Livro I, Capítulo 9.

Extraído do site: http://www.eleitosdedeus.org/pentecostalismo/joao-calvino-e-as-novas-revelacoes-joao-calvino.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+eleitosdedeus+%28Eleitos+de+Deus%29#ixzz1dzvOQv4p
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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ADAUTO LOURENÇO NA SEBI


ADAUTO LOURENÇO NA SEBI
COMO TUDO COMEÇOU: A origem do universo e suas implicações teológicas.
Data: 25 à 27 de Novembro (8 palestras)
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Vagas limitadas

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A DESCRENÇA NO SEMINÁRIO TEOLÓGICO FULLER

O Seminário teológico Fuller goza de grande influência. Quando foi formado, em 1947, ele sustentava que a Bíblia é infalível, inerrante, verbal e plenamente inspirada, mas, dentro de pouco tempo, isso foi rejeitado. Logo em seguida, o Fuller transformou-se em terreno fértil de compromisso com o Novo Evangelicalismo: adotando uma filosofia de neutralidade doutrinária, positivismo e orgulho intelectual.

Seu primeiro presidente, Harold John Ockenga, afirmava ter cunhado o termo "Novo Evangelicalismo" em 1948, numa convocação em conexão como seminário. Ockenga declarou que o Novo Evangelicalismo diferia do fundamentalismo em seu repúdio ao separatismo". Amigos, se rejeitais o "separatismo", repudiais as Escrituras.

O atual presidente do Fuller, Richard Mouw diz: "Logo em seguida, a Escola abandonou o separatismo e o dispensacionalismo, os quais haviam estado associados ao fundamentalismo dos anos 1940, passando a adotar uma postura conciliatória" (Christianity Today, 06/10/1997).

Tendo rejeitado a separação bíblica desde a sua concepção e tendo adotado a filosofia não escriturística do diálogo e da infiltração, não é de admirar que o Fuller tenha sido depressa infiltrado com o mundanismo e a descrença.

Em 1955, o Fuller endossou a versão liberal da RSV (Revised Standard Version), a qual logo substituiu a palavra "virgem" por "moça", na profecia messiânica de Isaías 7:14. Todos os homens envolvidos com a tradução da RSV pertencem à turma dos liberais. Walter Russell Bowie escreveu: "Os salmos imprecatórios e outras expressões idênticas refletem um Deus morto e que devia estar morto - que nunca esteve vivo, exceto na imaginação não redimida." (Where You Find God, p.25).

William Foxwell Allbrigth escreveu: "É claro que não se pode colocar João no mesmo nível dos Evangelhos Sinópticos, como fonte histórica" ("From the Stone Age to Christianism - Baltimore, John Hopkins Press, 1957).

Miller Burrows escreveu: "Não podemos tomar a Bíblia como um todo em toda parte, como declaração divina do que devemos fazer e crer" (Outline of Biblical Theology).

Henry Coldbury escreveu: "A ele [Jesus Cristo) foram atribuídas super-declarações a seu respeito, não como uma indiossincrasia pessoal, mas uma característica do mundo oriental" (Jesus, What Manner of Man?).

Clarence Craig escreveu: "O simples fato de um túmulo ter sido encontrado vazio poderá ter outras explicações, sendo exatamente a última, que poderia ser crida por um homem moderno, a de uma ressurreição física do corpo... Paulo não estaria falando de um evento que pudesse ser fotografado por testemunhas oculares, mas de um evento de percepção espiritual... Não para ser demonstrado mediante um apelo aos túmulos que estavam vazios". (The Beginning of the Christianity, ps. 135-136).

Edgar Goodspeed escreveu: "Jesus esteve longe de dar ao Velho Testamento como um todo o não qualificado consenso natural para um judeu do seu tempo" (The Formation of the New Testament, 1926, p. 7). Ele afirmava que Gênesis foi composto de "mitos e lendas babilônicos e de contos cananitas populares" (The Story of the New Testament, 1934, p. 107).

Em nosso livro "For Love of the Bible" entregamos idênticas e semelhantes citações de muitos outros tradutores da RSV, inclusive Frederick Grant, H. G. G. Herklots, Fleming James, William Irwin, James Moffatt e William Sperry. O endosso do Seminário Fuller à RSV tornou-se uma irrefutável evidência de que essa Escola já estava do lado errado na antiga batalha pela verdade. [N.T. - E o que dizer dos pastores e professores de seminários brasileiros que usam indiscriminadamente as versões BLH e NVI?].

Mudando a Declaração Doutrinária - Em 1976, Harold Lindsay, que atuou como professor e vice-presidente do Fuller, elevou sua voz contra a apostasia do Fuller. Em seu livro "The Battle for the Bible" (A Batalha Pela Bíblia), Lindsay dedicou um capítulo inteiro ao assunto "The Strange Case of Fuller Theological Seminary" (O Estranho Caso do Seminário Teológico Fuller). Em parte alguma do seu livro Lindsay discerne a raiz do erro do Fuller, que foi a separação bíblica, como também não apela aos evangélicos para se separarem da apostasia do Fuller; contudo, ele documenta o produto final do erro do Fuller, declarando: "Lá pelo ano de 1962 ficou clara a existência de alguns que já não criam na inerrância da Bíblia e, dentre estes, tanto a faculdade como a diretoria" ("The Battle for the Bible", p. 108).

Lindsay cita os nomes de muitos desses membros da diretoria e da faculdade: C. Davis Weyerhauswer, Daniel P. Fuller (filho do fundador da Escola), Calvin Hubbard (que veio se tornar presidente da Escola), James Daane e George Ladd. Nos passados anos 1970, o Fuller mudou sua declaração doutrinária para mais claramente refletir a posição sustentada pelos membros da Faculdade, ou seja, a declaração original de que a Bíblia é "plenamente inspirada e isenta de erro no todo e em parte...(e é) a única infalível regra de fé e prática" retirou "isenta de erro no todo e em parte", o que deixa margem para os hereges crerem que a Bíblia erra em assuntos tais, como ciência e história. Muitos evangélicos liberais têm tentado fazer uma distinção entre ser a Bíblia infalível e inerrante, afirmando que ela é infalível, mas não inerrante, o que é uma óbvia tolice. Se a Bíblia é infalível, ela é inerrante, tendo sido exatamente isso que o Senhor Jesus Cristo e os apóstolos ensinaram (João 10:35).

A mudança foi encorajada quando Daniel Fuller regressou da Europa, onde estudou com teólogos neo-ortodoxos, como Karl Barth. Ele aceitou a visão neo-ortodoxa de que a Bíblia é inspirada somente em assuntos pertinentes à espiritualidade, mas não em assuntos de ciência e história. A partir daí, o Seminário Fuller foi de mal a pior neste assunto. Duvidamos que exista hoje em dia na Escola algum professor que acredite que a Bíblia seja a inerrante e verbalmente inspirada Palavra de Deus, sem qualquer erro "no todo e em parte". O Seminário Fuller está enfatuado de erudição, tendo sorvido profundamente dos poços do modernismo.

Paul King Jewett - Foi professor de Teologia Sistemática no Seminário Fuller. Em 1975, ele publicou "Man as Man and Female" (Homem como Macho e Fêmea). O prefácio foi escrito por Virgínia Mollenkott, presidente do Departamento de Inglês no Colégio William Paterson, New Jersey. Mollenkott é uma lésbica, que se move nos círculos mais radicais pro-aborto. Em 1978, ela foi co-autora (Junto com Letha Scanzoni) do livro intitulado "Is the Homossexual My Neighbour?" (O Homossexual é Meu Próximo?), no qual ela apelou a uma não discriminação do homossexualismo, argumentando que a narrativa de Sodoma em Gênesis não ensina o pecado da homossexualidade, mas o da rapinagem contra a hospitalidade feita pela violenta gangue contra os estrangeiros. O livro ainda afirma que "a idéia de uma vida inteira de orientação ou condição homossexual jamais é mencionada na Bíblia" (p. 71) e que Romanos 1 "não diz respeito a um sincero cristão homossexual" (p. 62). Na edição de junho, 1991, do órgão mensal "Episcopal", Mollenkott testificou: "Meu lesbianismo sempre tem sido uma parte de mim...Tentei ser heterossexual. Tentei encontrar um marido. Mas o que finalmente descobri foi que Deus me criou assim e que isso dá sentido à vida". Em seu livro de 1994, "The Divine Feminine: The Biblical Imagery of God as Female" (O Feminino Divino: A Imagem Bíblica de Deus como Fêmea), Mollenkott chama Deus de "Mãe de nós todos" (p. 19) e sugere que a Oração do Senhor deveria ser dirigida a "Nosso Pai/Mãe que estás no céu" (p.116).

No livro "Man as Man and Female", Paul Jewett (professor do Fuller) admite ter sido influenciado pela crítica moderna da Bíblia, afirmando que a Bíblia contém erro, por ter sido escrita por homens.

"Estudos históricos e críticos dos documentos bíblicos têm compelido a igreja a abandonar a visão simplista da divindade da Escritura (a doutrina tradicional de que a Bíblia é a inerrante Palavra de Deus) e a se levar em conta a complexidade a um nível humano do processo histórico, pelos quais os documentos foram produzidos. Em vez da simples declaração, que é essencialmente verdadeira, de que a Bíblia é um livro divino, percebemos agora, mais claramente do que no passado, que a Bíblia é um livro divino/humano. Como divina ela emite a luz da revelação; como humana essa luz da revelação brilha e atravessa o espelho embaçado (1 Coríntios 13:12) dos vasos de barro (2 Coríntios 4:7) que foram os autores do seu conteúdo ao nível humano." ("Man as Man and Female", Jewett, p.135).

Jewett está errado. O Senhor Jesus Cristo sabia mais sobre a Escritura do que os modernos críticos textuais e jamais teve um lampeja sequer de que a Bíblia contivesse qualquer erro. Ele declarou claramente: "A Escritura não pode ser anulada" (João 10:35) e que os "jotas" e os "tils" têm autoridade e são preservados por Deus (Mateus 5:18).

Quando o Apóstolo Paulo declarou que "Toda a Escritura é divinamente inspirada" (2 Timóteo 3:16), obviamente ele entendia que existe um elemento humano na Escritura, porém sabia que Deus controlou os autores da Escritura de tal maneira que o produto destes é a inerrante Palavra de Deus. Qualquer doutrina da Escritura que discorde do ensino de Cristo e dos apóstolos é heresia.

Charles Scalise - Outro exemplo de como os professores do Fuller têm capitulado à visão modernista da Bíblia é Charles Scalise. Ele é professor adjunto de História da Igreja e Diretor Acadêmico do Seminário Fuller, no "Seatle's M. Div Program". Em seu livro "From Scripture to Theology": A Canonical Journey Into Hermeneutics" (Da Escritura à Teologia, uma Viagem Canônica Dentro da Hermenêutica) (Intervarsity Press, 1996), Scalise argumenta por aceitar as conclusões do criticismo bíblico, ao mesmo tempo aceitando a Bíblia como a "Palavra Canônica de Deus". Ele propõe "o ponto de vista canônico" do professor do Yale, Brevard Childs, o qual é um seguidor de Karl Barth. Scalise descreve não criticamente como a hermenêutica do pós criticismo de Karl Barth assiste Childs no mapear o seu caminho através de "o deserto do criticismo" (p. 44). Na verdade, o criticismo bíblico moderno é um deserto, mas em vez de o rejeitar como heresia antibíblica, o que este é na verdade, os modernos eruditos evangélicos tentam reconciliá-lo de um modo a permitir que a Bíblia continue como autoritativa em algum sentido. No primeiro capítulo do seu livro, Scalise, claramente e sem hesitação, rejeita a aproximação da Escritura dos "fatos da revelação", a qual aceita a Bíblia como historicamente o registro exato da infalível revelação divina (ps. 28-31). Scalise não acredita que Moisés tenha escrito o Pentateuco sob inspiração divina, nem que os registros dos milagres no Velho Testamento sejam exatos. Ele acredita que o Pentateuco foi escrito por editores anônimos, um século depois (p. 56). Ele acredita que as carruagens do Egito perseguindo Israel "emperraram na lama" (p. 39), em vez de terem sido vencidas por um milagre divino, dividindo e restaurando as águas. Ele concorda com Karl Barth que o Livro de Números contém tanto história como "saga histórica" (p. 49). Ele acredita que porções de Amós foram acrescentadas por um editor desconhecido (p.56). Ele acredita que a visão da Bíblia como sendo histórica é perigosa (p.79), nem crê que os salmos sejam escritos históricos (p. 78). Ele crê que o Apóstolo Paulo escreveu o Livro de Efésios, mas não que este tenha sido dirigido às igrejas de Éfeso e nem que este seja importante (p. 58). Scalise deseja permitir que os livros apócrifos sejam aceitos como canônicos (p. 60-61). Ele recomenda uma aproximação com o cânon bíblico, o qual tem um "centro firme com lâminas obscuras" . Ele diz que "a Bíblia é a Palavra de Deus porque Deus fala através dela" (p. 22). Esta é a falsa visão subjetiva de Barth da Escritura. De fato, a Bíblia é a Palavra de Deus, porque ela é a Palavra de Deus, a despeito do que o homem sinta que Deus esteja falando através dela. Scalise não aprecia a "visão negativa da tradição" que veio da Reforma Protestante e acredita que os protestantes e os católicos simplesmente se desentenderam entre si (p.73). Ele acredita ser possível reconciliar as diferenças da exigência de que a Bíblia seja interpretada dentro do contexto da tradição eclesiástica (p. 74). De fato, se a Bíblia deve ser interpretada pela tradição, então a tradição se torna superior a ela em autoridade. No prefácio do livro, Scalise diz que foi dirigido pela visão textual da crítica à Bíblia, durante os seus anos de estudos no seminário teológico de Tübingen, Alemanha [N. T. - O mesmo onde Hans Kung e Ratzinger foram professores].

Fatos Misturados - O Fuller iniciou a sua aproximação com os seminários católicos nos anos 1970, na busca por estudantes. Um dos primeiros estudantes católicos foi Paul Ford, o qual continuou como professor de teologia e liturgia no St. John Seminary, em Camarillo, Califórnia. No jornal "Theology, New and Notes", de março 1993, Ford descreve sua experiência no Fuller, mostrando como este era pró-católico. Ele diz que os professores David Hubbard e Jack Rogers visitaram o seu mosteiro católico e que o professor Paul Jewett foi o apresentador, ali, da Semana de Oração para a Unidade Cristã. Uma edição de 2002 do jornal do Fuller - Focus - publicou a entrevista com uma freira católica, falando de sua experiência como estudante no Fuller. Ela disse: "Acho que o Fuller é um bom lugar para a mulher católica estudar, a fim de ser levada a sério no ministério".

A partir dos anos 1970, o Seminário Fuller tem sido fortemente influenciado e associado aos pentecostais e carismáticos. Russell Spittler, das Assembléias de Deus, tem sido um membro da Faculdade, desde 1976. Em 1996, ele foi eleito administrador maior (provost?) e vice-presidente aos acadêmicos. Ele é um ecumenista, freqüentemente envolvido nos diálogos. Nos passados anos 1980, o Fuller convidou John Wimber para dar um curso intitulado "MC510, Sinais, Maravilhas e Crescimento da Igreja". Ele advertia contra o "ser rígido demais" e ser "fortemente orientado pela palavra escrita" (Counterfeit Revival, p. 109). Poderíamos dizer algo semelhante como se ele estivesse apenas tentando promover coisas que não estivessem de acordo com a Palavra de Deus. O salmista disse sobre a palavra escrita: "Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho" (Salmo 119:105). É impossível ser por demais orientado em direção à Bíblia! Em seu seminário de cura, Wimber fez a seguinte declaração: "É maligno esconder-se por trás de doutrinas bíblicas que impeçam a obra do Espírito"... A igreja atual está praticando esse mal em nome da sã doutrina e está impedindo a obra do Espírito Santo." ("Healing Seminar Series", citado do "Testing the Fruit of the Vineyard", por John Goodwin). Wimber teve grande influência através dos seus livros, conferências e do Vineyard Fellowship of Churches, que ele manteve até a sua morte, em 1997.

Outro professor do Fuller, C. Peter Wagner, apoiou Wimber em sua falsa doutrina e continuou a ser uma das vozes mais influentes no movimento da guerra espiritual. Ouvi tanto Wagner como Wimber falarem em 1990, no Congresso Norte Americano sobre o Espírito Santo e a Evangelização Mundial, em Indianápolis. Eles se sentiam inteiramente à vontade, com os 10.000 ou mais católicos romanos, que ali freqüentavam. A mensagem final da conferência foi entregue pelo padre católico Tom Forrest, o qual disse, em uma de suas mensagens, que louva a Deus pelo purgatório, por saber que esse é o único caminho para se chegar ao céu. [N. T. - Então, onde fica João 14:6?].

O livro de Wagner, de 1998, "New Apostólic Reformation", promove heresias carismáticas, tais como: línguas (na verdade, sons ininteligíveis), profecias, convulsões espirituais, mapeamento espiritual, demônios territoriais e amarração do diabo. Wagner escreveu o prefácio de um dos livros de Robert Schüller, dizendo: "Estou pessoalmente endividado com Robert Schüller por muito do que falo e escrevo." Schüller tem redefinido o Evangelho segundo a sua teologia da auto-estima. Ele diz que "definir o pecado como rebelião contra Deus é "superficial e insultante ao ser humano" (Self-Esteem: The New Reformation, p. 65). De acordo com Schuller, nascer de novo significa que devemos "mudar de uma auto-imagem negativa para uma positiva" (p. 68). Pecado é "qualquer ato ou pensamento que me roube ou roube de outro ser a sua auto-estima" (p. 14). Inferno é "a perda do orgulho, a qual, naturalmente, se segue à separação de Deus" (ibid). "Cristo foi encarnado na auto-estima" (p. 135).

Durante o biênio 1984/1985, Raymond Brown foi palestrante no seminário Fuller. Brown era um católico romano liberal, negava a Divindade do Senhor Jesus Cristo e era ativo no Concílio Mundial de Igrejas. Em 1984, o professor do Fuller, Lewis Smedes, publicou um livro intitulado "Sex For Christians". Ele afirma que "milhares de homossexuais vivem existências altamente morais e freqüentemente vidas profundamente religiosas." E que o homossexual "deveria simplesmente recusar-se a aceitar um fardo de culpa pela sua condição", pois ele é "uma vítima de acidente biológico ou da tolice de alguém". ("Sex For Christians", os. 65-71).

Em Novembro de 1986, o Seminário Fuller inaugurou o "Centro du Plessis para a Espiritualidade Cristã". Du Plessis, falecido em 1987, foi uma figura chave para quebrar as paredes de separação entre os pentecostais, os teólogos modernistas e os católicos romanos. Ele foi o único pentecostal a ser convidado para assistir ao Concílio Vaticano II, nos anos 1960, e afirmava que Deus diluiu a sua resistência à missa, orações a Maria e outros dogmas católicos. Na verdade, ele foi iludido e estava seguindo mais as "visões e vozes" pentecostais do que as Escrituras. Ele foi o único não católico romano a receber a "Comenda Benemerente" (Benemerent Award), a honra máxima outorgada pelo papa.

O Seminário Fuller tem mantido conversas ecumênicas com a Igreja Católica Romana, desde 1987. Em 2001, o comitê a cargo dessas conversas conseguiu que duas congregações se juntassem ao diálogo, compartilhando um culto comum de adoração (Calvary Contender, 01/08/2001).

O Fuller tem há muito promovido mulheres a pastoras. O presidente do Fuller, David Hubbard, reuniu 200 eminentes líderes evangélicos para assinarem a declaração de 1990, afirmando a igualdade entre homens e mulheres. A declaração apareceu na revista "Christian Today" de 09/04/1990. Ele disse que "na igreja o reconhecimento público é dado tanto a homens como a mulheres que exercem ministérios de serviço e liderança". Um artigo no jornal "The Independent", Hunting Beach, Califórnia, de 20/11/2003, continha o testemunho de Jude Secor, a qual havia sido educada acreditando que uma mulher não podia ser pastora. Após ter freqüentado o Fuller, "ela ficou surpresa ao descobrir ser a única no seminário que ainda tinha um preconceito contra mulheres pastoras". Desse modo, ela se tornou co-pastora no Goldenwest Vineyard Christian Fellowship e quando o seu marido faleceu, ela continuou ali como pastor sênior.

Stang-Yang Tan, diretor do programa "Doctor of Psychology", no Seminário Fuller, foi um dos freqüentadores da conferência "Personal Spiritual Renewal", em outubro de 1991. Ele foi hospedado pela Renovaré, uma organização fundada por Richard Foster. Falando nas sessões vespertinas, Foster exaltou o papa João Paulo II como um "poderoso talento do movimento católico" e apelou a uma unidade no "corpo de Cristo", através das "cinco vertentes do Cristianismo: a contemplativa, a santificadora, a carismática, a da justiça social e a evangélica." Ele promovia técnicas de meditação ocultista, tais como as imaginações guiadas e a visualização. Outro orador foi o membro do Renovare Steering Commitee, a Irmã Bernard, uma freira católica que está envolvida com o diálogo budista-católico romano. O professor Tan, do Fuller, "frisou a necessidade de se integrar a psicologia com a espiritualidade". E advogou a cura interior, a cura das memórias e outras técnicas ocultistas de visualização (Christian Information Bureau Bulletin, dez. 1991).

Em 1993, Donald Hanger foi instalado no Fuller como o "Professor do George Eldon Ladd de Novo Testamento". Em seu discurso de posse ele disse: "É difícil imaginar algo mais debilitador à obra de um erudito bíblico do que a insistência a priori sobre a inerrância." Ele expressou os seus agradecimentos por ter o seminário descartado essa "doutrina sem razão, desnecessária e desviante". ("Theology, News and Notes", junho, 1998). Ele disse ainda: "Não é preciso afirmá-la para ser ou se tornar evangélico".

Em dezembro de 1995, o Seminário Fuller hospedou uma reunião do Concílio Mundial de Igrejas (CMI), uma das organizações mais teologicamente liberais do mundo. O professor Arthur Glaser tem estado por muitas décadas na liderança para unir os evangélicos ao CMI. Ele foi um delegado eleitor do encontro do CMI em Bankok, em 1973. Em novembro de 1993, o CMI patrocinou e reorganizou a conferência em Mineápolis, Minesota, com oradores como Dolores Williams, que disse: "Não acho que precisemos absolutamente de uma teoria de separação... Não acho que precisemos de pessoas penduradas em cruzes, esvaindo-se em sangue, nem de estofo sobrenatural... precisamos somente escutar o Deus interior". E Virginia Mollenkott, que disse: "Já não posso adorar no contexto teológico que pinta Deus como um pai abusivo [referindo-se à morte de Cristo na cruz] e de Jesus como um filho obediente e confiante". A patrocinada conferência do CMI descreveu uma ovação de pé a um grupo de umas 100 "lésbicas bissexuais e mulheres transexuais" que se reuniam na plataforma. Na manhã do domingo, os conferencistas se reuniram para repetir uma oração a Sofia: "Nossa criadora Sofia, somos mulheres à tua imagem... Nossa guia Sofia, somos mulheres à tua imagem!" A sétima assembléia do CMI, que teve lugar em Camberra, Austrália, foi aberta com vestuário e penachos de aborígine com os corpos pintados, dançando ao redor do altar, ao som dos tambores. Um dos oradores foi o antes mencionado Chung Hyun Kyung, o qual convocou os espíritos dos falecidos e o "espírito da terra, do ar e da água". Ele disse: "Também sei que não mais creio num Deus onipotente macho guerreiro, o qual resgata todos os bons e castiga todos os maus sujeitos." Em 1991, Wesley Ariarajah, diretor do diálogo entre fés do CMI, disse que "todas as fés religiosas são uma com Deus, portanto é inconcebível para mim que um hinduísta, um budista ou qualquer outro fique fora de Deus. Minha compreensão do amor de Deus é ampla demais para que eu creia que apenas este segmento chamado igreja cristã seja salva. Se você é um cristão, então deve ser aberto e amplo, não estreito nem exclusivista". (Citado no Australian, em 11/02/1991). Esse é o tipo de coisas que o seminário Fuller tem promovido em seu companheirismo com o CMI. (para mais informações, ver o livro "The World Council of Churches" que faz parte da série "Issues Facing the Churches", o qual pode ser obtido através do Way of Life literature - P.O Box, 610.368, Port Huron, MI 48061).

Em janeiro de 1997, o Fuler hospedou um seminário de dois dias que explorava a teologia do pluralismo. O seminário apresentou Donald Theimann, deão radicalmente liberal da Harvard Divinity School, e o Rabino A. James James Rudin, ambos concordando em que "nenhuma religião tem o monopólio da verdade" (Foundation Magazine, janeiro/fevereiro, 1997).

O registro seguinte é de primeira mão, por um pastor que visitou o Fuller, em 1999: "Minha esposa e eu visitamos o Seminário Fuller em 21/07/1999... Assistimos a uma aula dada pelo Dr. John Goodgay na Escola de Teologia. O Dr. Goodgay possui grande empatia com a sua classe, sendo um dos professores mais populares no campus. Ele disse à classe que não existe qualquer evidência de que a cidade de Jericó tenha existido no lugar ou de que os seus muros tivessem caído. Referindo-se à narrativa histórica, ele disse: "Talvez isso seja apenas uma parábola". Esta é uma evidência de que a descrença e negação das Escrituras está viva e ativa, hoje em dia, no campus do Fuller. Hebreus 11:30 declara: "Pela fé caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias". Ou a Bíblia está certa ou o Dr. Goodgay está errado!" (Dr. Arthur B. Houk, Colorado (Houk@asporingsips.com).

Em janeiro de 2001, um avanço ecumênico chamado "The Foundation for a Conference on Faith and Order in North America" foi estabelecido no Seminário Teológico de Princeton. Membros da liderança executiva, incluíam o arcebispo católico, William Keeler, o arcebispo grego ortodoxo Dimitrios e o presidente do Seminário Fuller, Richard Mowie. A fundação é encarregada de expandir suas fronteiras e alistar "novos sócios no avanço ecumênico".

Em 2001, a Igreja Presbiteriana Liberal dos USA elegeu Jack Rogers, ex-professor do Fuller, como moderador. Na mesma reunião a PCUSA [sigla da igreja supra citada em Inglês] hasteou sua bandeira, ao ordenar um clérigo homossexual. Harold Ockenga disse que o Novo Evangelicalismo se encarregou de infiltrar denominações liberais em lugar da separação das mesmas.

Já podemos ver os bons frutos disso! Rogers rejeita a historicidade de Gênesis 1-3. Em janeiro de 2003, cinqüenta líderes eclesiásticos de 30 denominações reuniram-se no Seminário Fuller para deslanchar uma nova aliança ecumênica chamada "Christian Churches Together in the USA" . "A nova aliança será a mais ampla coalizão ecumênica já formada na história dos USA, representando a as igrejas: Episcopal (Anglicana), Evangelicalista, Ortodoxa, Pentecostal, Católica Romana e Protestante". (Foundation, março/abril 2003). O bispo católico romano Ted Brown, que participou desse encontro, falou: "Acho que jamais aconteceu algo semelhante a esta tentativa, antes, neste país".

Uma advertência aos fundamentalistas - A descida rápida do Seminário Fuller rumo à apostasia é uma sonora advertência aos fundamentalistas de hoje. Quando o Fuller foi organizado, nos passados anos 1940, era uma instituição fundamentalista. Seu fundador, Charles E. Fuller, da "Old Fashioned Revival Hour", era um fundamentalista que desejava estabelecer uma escola para a defesa da fé do Novo Testamento. Harold Lindsay, que foi um dos quatro primeiros membros da faculdade, disse: "Desde o princípio foi declarado que um dos principais objetivos do seminário era ser uma instituição apologética... Houve um acordo, desde a concepção da Escola, que através do currículo do seminário a Faculdade iria prover a melhor defesa teológica da infalibilidade e inerrância da Bíblia".

Conforme temos visto, esse objetivo foi depressa abandonado. Ao negligenciar a separação bíblica e focalizar a erudição, em vez da simples fé na Palavra de Deus, a Escola se transformou numa confusa miscelânea de compromisso espiritual e doutrinário, e de apostasia, em lugar de ser um bastião da verdade bíblica.

Isso é exatamente o que acontecerá a toda igreja fundamentalista que se recusar a praticar a separação, hoje em dia.

"Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa?... Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes". (1 Coríntios 5:6; 15:33).



David Cloud

Tradução de Mary Schultze (CPR), setembro 2005


(www.wayoflife.org/fbns/unbeliefat.htm)